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Cyberpunk 2077 | Vimos mais do gameplay impressionante do jogo, direto da E3 2019

O jogo mais comentado da conferência da Microsoft, não fosse pelo contexto, talvez nem seria um jogo. Ok, Cyberpunk 2077 chega no ano que vem, com Keanu Reeves no elenco e sabe-se lá mais quais outras surpresas o pessoal da CD Projekt RED reserva aos fãs. E durante o último dia da E3 2019 aqui em Los Angeles, tive a oportunidade de assistir a uma apresentação exclusiva do jogo, com 50 minutos de gameplay em tempo real.

E olha, na moralzinha meus amigos, visualmente o negócio tá incrível. Por enquanto ele parece coisa de outro mundo, feitiçaria disfarçada de tecnologia. E fica bem difícil acreditar que é exatamente aquilo visto na apresentação o que o público final vai receber em 16 de abril de 2020, mas isto não vem ao caso no momento.

A apresentação especial já esclarece rapidamente qual o papel interpretado por Keanu no game. Por lá, ele será Johnny Silverhand, uma espécie de fantasma digital que assombra a cabeça do nosso (ou nossa) protagonista, V. Parte da trama será focada no personagem buscando respostas para a sua condição especial.

Johnny se destaca dos demais NPCs do cenário por conta de um glitch visual que o acompanha. É assim que percebemos que ele não está ali de verdade, apenas na cabeça do personagem principal.

Antes de prosseguir com a apresentação, os produtores do game nos apresentaram ao sistema de personalização de Cyberpunk 2077. Nele é possível mudar completamente o visual do personagem principal, inclusive se ele será homem ou mulher. No entanto, isso não interfere no papel que ele/ela vai executar durante a narrativa, pois apesar da criação, ainda estamos dentro de uma narrativa com personagens pensados para interagir com aquele mundo em questão.

Mas isso não quer dizer que escolhas não serão feitas. Ainda nos méritos da criação de personagens, é preciso escolher a sua “origem”, algo que definirá a base dos diálogos e da forma que V interage com o mundo. Para o teste foi escolhido algo similar a uma origem humilde, mas era possível a escolha de algo como uma “criança de rua”, com diálogos mais secos e mal educados, condizentes com a escolha.

Roupas e acessórios inspirados no mundo real funcionam como equipamentos de um jogo de RPG tradicional. Cada uma dessas peças de roupa carregam atributos especiais que dão vantagens específicas a V, além de serem extremamente detalhadas.

Assim como em The Witcher, conversar com os NPCs pode desencadear inúmeros cenários. O mesmo vale para como você realiza as missões do jogo. Segundo os produtores, é possível terminar o jogo sem engajar em combates, por exemplo.

A missão principal era encontrar um membro de uma gangue para que ele lhe ajudasse a descobrir mais informações sobre seu chip e a assombração de Johnny. No mundo de Cyberpunk 2077, cada uma das pessoas é munida de um microchip que trabalha em conjunto com o seu cérebro para infinitas funções. Uma das coisas mais legais do jogo e que já apareceu em vários trailers é o HUD em primeira pessoa que se mistura de forma absolutamente natural ao todo. Ao mesmo tempo que sabemos que o HUD faz parte do jogo, ele também faz parte da história, e por isso acaba não sendo visto como um HUD de videogame, mas sim como parte da ambientação. Informações de vida do personagem, nomes dos NPCs, seus níveis, QR codes, tudo super natural.

A missão acontecia em diversas localidades do mapa, começando numa loja de conveniência, depois indo para uma igreja bizarra, um açougue, um galpão, um shopping abandonado (talvez, não sei bem) e uma sala secreta com equipamentos que auxiliam na navegação de algo similar à deep web do jogo.

Tivemos a promessa de que o game não terá tempos de carregamentos dentro do mapa, e uma vez que entramos, somos capazes de visitar qualquer parte do game sem nenhuma interrupção. Para a demonstração, no entanto, os produtores usavam bastante viagens rápidas, mas mesmo assim o loading era extremamente veloz, dada a quantidade de detalhes.

A iluminação e texturas dos lugares é um negócio difícil de descrever. Parecia quase um filme acontecendo na sua frente, mas tudo reagindo em tempo real à sua presença. Vidros quebrando, paredes sendo atingidas por balas de metralhadora, os barulhos da cidade, as conversas, tudo bastante impressionante.

Você é livre no mapa para fazer o que quiser, conversar com quem quiser, passear pela cidade de carro, moto ou a pé. Já mencionei que uma mesma tarefa pode ser executada de inúmeras maneiras, e os produtores fizeram questão de nos demonstrar algumas delas.

E aí tivemos um vislumbre do combate. Cyberpunk 2077 ainda é um RPG, e como tal, será preciso ganhar níveis e evoluir sua árvore de habilidades. Só que desta vez o pessoal da CD Project juntou todos os estilos num único lugar. Essa multi árvore de habilidades contém mais de 10 variações, todas com seus atributos exclusivos, e fará com que o jogador defina sua experiência como se afina uma guitarra.

De atributos físicos (ou robóticos), a habilidades de hacking, manuseio de armas de fogo ou o combate corpo a corpo, tem muita coisa por lá. E na hora do combate tudo isso é posto à prova.


Fonte: Jovem Nerd