É fato que a indústria dos videogames caminha para o fim da oitava geração de consoles. Consequentemente, especulações e rumores sobre como serão os novos aparelhos surgem a todo instante. Uma das apostas dos analistas é que os novos PlayStation e Xbox possam ser plataformas com foco em mídias digitais, abandonando o formato físico.
Mas nem todos os desenvolvedores estão confiantes nesta teoria.
Em entrevista ao Gaming Bolt (via PlayStation LifeStyle), o diretor técnico da Cradle Games – estúdio de Hellpoint -, Marc-André Jutra, explicou que não acredita em um modelo de negócios com foco total nas vendas digitais de jogos.
Eu penso que na próxima geração ainda existirá uma versão com discos. Existem algumas razões para isso: nem todo mundo possui Internet e nem todos que possuem tem condições (banda) de baixar satisfatoriamente 80GB por jogo.
Os jogos da atual geração são enormes. Nem todo mundo consegue baixar um jogo e suas respectivas atualizações. Além disso, ainda existem muitas provedoras que possuem limites. E se temos problemas aqui nos Estados Unidos, pode ser ainda pior em outros países.
A segunda questão que vejo: se você vier com uma versão de um console que não tem disco, por que a GameStop venderia esses consoles?
O mercado é você vender os jogos para o lucro. Então você praticamente diz, ‘ei, venda nosso console que não te dá lucro, e não venda nenhum jogo’.
Apesar de ressaltar que a mídia física ainda vai prevalecer, Jutra comenta que prefere outro tipo de tecnologia. Ele desejaria que o eventual PlayStation 5 usasse cartuchos ou entradas de USB. Justamente para aliviar o estresse dos longos tempos de carregamento dos blu-rays.
Fonte: Voxel
