A versão beta de Ghost Recon Breakpoint deixou claro quais são as intenções da Ubisoft. Oferecer um jogo amplo, rico em opções, social e estratégico. E mesmo que a companhia tenha tentado desassociar Breakpoint de The Division, o game dos “Fantasmas” pega um pouco dos elementos emprestados dos “Agentes” – e até de outros sucessos recentes.
Primeiro uma grande diferença de Wildlands: neste, o jogador não joga com um esquadrão completo quando em modo solo. É só você. Os jogos até podem se parecer um pouquinho, pelo conceito, as ambientações e, claro, a jogabilidade. Contudo, a essência das propostas é diferente. Isso fica evidente ao começar a jogatina.
Breakpoint tem uma pegada muito mais estratégica e cadenciada. Os jogadores precisam gerenciar vários aspectos como: fôlego, se alimentar, camuflagem, o momento certo de se fazer um disparo e a elaborar um plano de infiltração.
Você até pode conseguir um sucesso ou outro em confrontos sem muito planejamento, mas invadir uma instalação da Skell Technology – uma gigante de tecnologia tomada por forças dissidentes – vai exigir planejamento meticuloso.
E é por onde o jogo começa a se mostrar. Há drones de vários tipos, equipamentos multifunções, armas específicas, habilidades bem variadas e tantos artifícios que o jogador pode até se questionar se é mesmo possível usar tudo ao longo do jogo.
Não há como não se impressionar com o leque de opções. É tudo tão amplo que acaba gerando um pouco de confusão nos menus, abas, distribuição de habilidades, melhorias de armas-equipamentos e na identificação de pontos no mapa. Leva um tempinho até você conseguir assimilar o que faz o quê e como.
A própria “Área Social” contribui para aumentar a sensação de que tudo está realmente muito grande e próximo de um multiplayer à la Destiny. O feeling é que a Ubisoft caminha para oferecer um título de longo prazo.
Mas é Ghost Recon, e ele aparece nos combates. As lutas estão ótimas, com mecânicas afiadas e muito divertidas. Destaque para as possibilidades de furtividade. Rastejar, por exemplo, oferece vantagens muito estratégicas para montar armadilhas. Você se torna quase invisível nos arbustos, fazendo do sistema de “inclinar para mirar” seu principal aliado no momento de dar aquele tiro certeiro.
Por sinal, um disparo errado e você pode chamar a atenção de inimigos presentes em várias partes do mapa. O jogo peca um pouco na inteligência artificial dos soldados rasos. Muitas vezes você neutraliza um militar ao lado do outro que sequer percebe. Mas ainda assim a IA cumpre seu papel de atacar pelos flancos e se esconder. Já os Lobos são adversários bem mais complicados de se confrontar.
Beta Ghost Recon Breakpoint agrada
O BETA de Ghost Recon Breakpoint só não trouxe muito do enredo, apenas uma aparição discreta do Coronel Cole D. Walker (Jon Bernthal) no começo. Mas espere por uma trama muito mais cadenciada, ao contrário de Wildlands.
Em Breakpoint, você tem de investigar instalações, conversar com civis em busca de informações e tentar conectar pontos como: qual a ligação entre os Lobos e a Skell?
Por isso, os jogadores terão de explorar bem os cenários. Há, inclusive, uma diferença. Ao marcar uma missão no mapa não necessariamente aquele ponto é o “certo”. As marcações servem apenas como uma referência.
As expectativas são boas. Ghost Recon Breakpoint tem potencial para atrair fãs da série, de The Division e até outros shooters RPG. O lançamento está marcado para 04 de outubro de 2019. Na PlayStation Store, o jogo já é comercializado em diferentes opções: básica (R$ 229), Gold Edition (R$ 380) e Ultimate Edition (R$ 460).
Fonte: Voxel