Todos os amantes de tecnologia sabem que neste momento estamos a atravessar uma fase muito complicada no que se refere a componentes. A prova disso, é que é extremamente difícil encontrar disponível no mercado, algo que em condições normais era fácil de aceder. Um bom exemplo é o da PlayStation 5, que é muito complicado de encontrar no mercado, mas o mesmo é válido para as placas gráficas para PC‘s. ou até mesmo processadores. No entanto, não é apenas nessas áreas que a escassez é sentida.
A disseminação do teletrabalho, sucessivos bloqueios e a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos resultaram numa escassez significativa de semicondutores. Enfraquecidas pelas medidas de saúde, e pelos espectros da crise económica, as fábricas lutam para atender à gigantesca demandada das marcas.
Na semana passada, vários executivos de negócios sentiram que a escassez de chips está longe de acabar. Pat Gelsinger, novo CEO da Intel, garante que as capacidades de produção da empresa levarão vários anos antes de crescer. “Acho que vai demorar vários anos para remediar a situação e construir capacidade”, avisa Pat Gelsinger. Para superar a carência, a Intel anunciou a sua intenção de construir duas fábricas no Arizona (Estados Unidos).
Escassez de componentes deverá durar até 2023
O Dr. CC Wei, CEO da TSMC, concorda com essa afirmação. Segundo ele, será necessário esperar até 2023 para que a empresa consiga “oferecer mais capacidade de produção” para atender à demanda do mercado. Espelhando a Intel, a TSMC anunciou a abertura de uma fábrica no Arizona, uma operação que deve custar 12 biliões de dólares.
Por fim, Colette Kress, CFO da Nvidia, veio confirmar as estimativas pessimistas da Intel e da TSMC. O líder, no entanto, está mais optimista e espera uma melhora notável a partir do primeiro trimestre de 2022 . “A demanda global permanece muito forte e continua a exceder a oferta, enquanto os nossos stocks permanecem bastante baixos. Esperamos que a demanda continue a exceder a oferta durante grande parte deste ano. Acreditamos que teremos oferta suficiente para suportar o crescimento sequencial além do primeiro trimestre de 2022 ”, disse Colette Kress num comunicado à imprensa.
Intel, Nvidia e TSMC não são os únicos a profetizar uma escassez de chips extensíveis. A Foxconn, uma subcontratada da Apple, e de uma ampla gama de empresas, espera que a escassez de componentes continue até o segundo trimestre do próximo ano.
Por Notícias e Tecnologia