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Os games que mais decepcionaram em 2018

Chega dezembro e todo mundo gosta de relembrar os melhores jogos do ano, mas e os piores? Aqui no Voxel foram mais de 80 jogos analisados, e claro que entre eles alguns chatos, ruins e decepcionantes. Vamos então relembrar quais foram os 5 jogos com as notas mais baixas?

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Nota: 55

Entre os melhores dos piores temos The Inpatient. Ele é um prequel de Until Dawn, desenvolvido pela mesma empresa, a Supermassive. A proposta era ser um jogo de terror e de sobrevivência, mas o jogo falhou em criar essa atmosfera.

The Inpatient

Como disse o redator Vinicius Munhoz, que analisou o jogo, na maior parte do tempo ele parece mais um walking simulator do que um jogo aterrorizante. O jogo começa interessante, fica entediante, e quando começa a engrenar e a melhorar…ele acaba. The Inpatient tem perto de 3h de duração, bem pouco para um jogo de preço cheio.

The Inpatient

Ele tem alguns pontos positivos, como a qualidade de dos gráficos para jogos VR e o bom uso dos recursos de realidade virtual, mas os problemas de ritmo prejudicam muito o jogo.

Nota: 55

E empatado com The Impatient, temos Fallout 76 – mas pelo conjunto da obra optamos por deixá-lo como quarto lugar da lista. Esse jogo foi uma grande surpresa de 2018, mas não por bons motivos. Ele se destacou por ter sido um dos piores AAA lançados no ano

Fallout 76 é um jogo totalmente online e uma das grandes burradas da Bethesda foi tirar todo e qualquer NPC e deixar as interações na mão dos jogadores. O resultado é um jogo com missões sem graça, sem diálogos interessantes ou decisões morais – coisas características da franquia.

Fallout76

Pela imensidão do mapa o encontro com os jogadores – que lembrando, são os únicos personagens do jogo – é raro, o que resulta em um dos maiores defeitos de Fallout 76: ele é extremamente vazio. E quando você encontra outro jogador, raramente ele quer alguma coisa com você.

Além dos problemas de design, Fallout 76 também sofre com problemas técnicos – muitos bugs, quedas de frames e uma engine que parece ultrapassada. Como disse o Oda, nosso colaborador que fez a análise, tudo em Fallout 76 parece lento e desengonçado.

O jogo tem algumas coisas boas, como o sistema de perks com cartas e algumas poucas missões interessantes, mas isso foi ofuscado pela quantidade de pontos negativos.

Fallout76

Fallout 76 também teve problemas fora do jogo, como edição de colecionador que não fez jus ao anunciado e vazamento de dados de usuários do serviço de suporte – só para mencionar alguns. O resultado é que o jogo foi entregue com cara de early acess, virando chacota na comunidade e prejudicando muito a reputação da Bethesda.

Nota: 50

Metal Gear Survive é o primeiro jogo da franquia pós Hideo Kojima e virou o jogo mais odiado do ano logo no seu anúncio. Ele teria que ser muito, mas muito bom para agradar – o que não aconteceu.

Metal Gear Survive

O redator Felipe Gugelmin, que fez a análise do jogo, disse que ficou triste por ele. Não porque não tem mais o Kojima ou por não trazer Solid Snake ou Big Boss, mas porque ele conseguiu ver as sementes de um bom jogo, que foram prejudicadas por decisões duvidosas. O jogo ficou no meio do caminho entre sobrevivência, exploração e tower defense, o que o deixou sem identidade.

O modo single player tem uma história sem pé nem cabeça e sem nenhum personagem marcante, e o resultado é um plot mequetrefe que não convence. O progresso é lento e te pune só por existir. E aí chegamos em outro problema do jogo – para deixar o progresso mais rápido, é só entrar na lojinha da Konami e comprar alguns bônus – com dinheiro real, óbvio.

Metal Gear Survive

O combate também não ajuda muito e é repetitivo e travado, além dos inimigos serem bem burricos. Para completar o pacote, o jogo tem um visual nada atraente e reaproveita tudo de Metal Gear Solid V. Já que economizou com cenário, visual e motor gráfico, bem que podia ter investido um pouco mais na história, não é? Por ser um jogo muitas vezes irritante, com história sem graça e sem identidade, ele ficou com nota 50 e foi o terceiro pior jogo do ano.

Nota: 30

Agony era um jogo de terror indie aguardado, e chegou até a figurar nossa lista de jogos de terror mais promissores do ano. Mas ele caiu na armadilha de querer ser um AAA com muita coisa ao mesmo tempo. Resultado? Fez várias coisas – mundo aberto, puzzle, combate, stealth, exploração, upgrade de habilidades…, mas nenhuma bem-feita.  

Agony

O level design é péssimo, a inteligência artificial dos monstros acaba com as tentativas de stealth e falta clareza visual no cenário. O Vini, que analisou o jogo, ficou preso em cantos sem motivo algum, teve dificuldade para entender os objetivos e teve uma experiência que foi frustrante, tediosa e insuportável em alguns momentos.

Tecnicamente e graficamente o jogo também é péssimo – os elementos 3D são feios e os ambientes tão escuros e sem capricho que até quebram o clima. E o som, tão importante em jogos de terror, também deixa a desejar – sons como correntes e almas atormentadas acontecem na hora e no cenário errado.

Agony

Agony caiu no problema de ambição demais e acabou entregando um jogo vergonhoso. Com nota 30, ele foi o segundo jogo com a pior nota do ano.

Nota: 25

O pior dos piores! Um jogo que não chegou na nota 30, que foi anunciado durante a E3 de 2018 e publicado pela Square Enix! The Quiet Man!  Ele foi revelado como jogo diferente, com um protagonista surdo que prometia jogabilidade e história imersivas em um mundo sem som. Isso é o que a Square Enix acha que o jogo dela é. A realidade é bem diferente.

Quiet Man

Indo direto ao ponto, The Quiet Man é horroroso. Os gráficos parecem da geração passada e as animações são indescritíveis. A jogabilidade é igualmente péssima, com controles pouco responsivos e pancadaria descerebrada repetitiva.

Na história, eles não criaram uma trama para se encaixar com a falta de som e a surdez do protagonista. Ao invés disso, eles contaram uma história da forma mais ordinária possível e só tiraram o som e as legendas. O protagonista segue interagindo normalmente com as pessoas pela leitura labial, enquanto o jogador é o único deixado de fora do paranauê. Junta isso com uma história confusa e sem sentido e não dá para entender nada do que está acontecendo.

Quiet Man

E para piorar tudo, quando você termina a história descobre que vai ter que jogar uma segunda vez, mas com som, para entender. Além de colocar o jogador na posição de ter que jogar o show de horrores não uma, mas duas vezes, pegou muito mal com a comunidade surda. Passou a mensagem de que, sem ouvir, você não consegue entender o que acontece ao seu redor.

Quiet Man

Depois que você o joga duas vezes você descobre que a história era horrorosa mesmo, além da dublagem e do trabalho de som serem péssimos. Como disse o Oda, que analisou essa bomba “A história envolve uma trama com o passado do personagem principal, uma cantora que é idêntica à sua mãe que foi assassinada, um policial que finalmente é possível saber quem é, além de colocar um pezinho no sobrenatural simplesmente porque deu vontade no roteirista.”

Com tantas críticas e nota 25 fica difícil imaginar um ponto positivo no jogo, não é? Mas tem sim. Ele é curto.

E esses foram os piores jogos do ano pelas análises do Voxel! E aí, o que achou? Jogou algum desses jogos e acha que ele não merecia estar na lista? Conta para a gente nos comentários!




Fonte: Voxel