Cientistas anunciaram nesta terça-feira (5), que um homem londrino pode ter se tornado a segunda pessoa do mundo a ter se curado do vírus HIV-1. Ele está em remissão prolongada há mais de 18 meses, quando deixou de tomar os medicamentos antirretrovirais. A informação veio mais de uma década depois do primeiro caso, conhecido como paciente de Berlim.
Nas duas ocasiões, os pacientes fizeram transplantes de células-tronco de doadores que tinham uma mutação rara, conhecida como CCR5-delta 32, que os deixava mais resistentes ao HIV.
Publicamente, os cientistas ainda estão receosos em usar a palavra cura e muitas vezes estão descrevendo o caso como uma remissão a longo prazo. Isso se deve ao fato que é difícil de saber como definir a palavra quando existem apenas dois casos conhecidos.
Segundo Ravindra Gupta, autor do estudo que será publicado na revista Nature:
Ao alcançar remissão em um segundo paciente usando uma abordagem similar, nós mostramos que o paciente de Berlim não foi uma anomalia e que foi realmente a abordagem do tratamento que eliminou o HIV nestas duas pessoas.
Gupta enfatizou que o método não é apropriado para todos os pacientes, mas oferece esperança para novas estratégias de tratamento. A equipe vai continuar fazendo o acompanhamento do homem para determinar se ele está de fato curado do HIV, já que ainda é cedo para afirmar com certeza.
Atualmente, o tratamento para o HIV é feito através de um conjunto de medicamentos que suprimem o vírus. Pessoas infectadas precisam tomar o coquetel antiaids pela vida inteira.
No mundo inteiro, cerca de 37 milhões de indivíduos vivem com o HIV, mas apenas 59% deles recebem os medicamentos antirretrovirais. Anualmente, quase 1 milhão de pessoas morrem em decorrência de fatores relacionados ao HIV.
Fonte: Jovem Nerd