O Comitê de Mudanças Climáticas do Reino Unido sugeriu ao governo do país, que a data limite para a proibição da comercialização de veículos movidos a gasolina e diesel seja antecipada para 2032. Essa proibição é uma das medidas que fazem parte de um projeto que visa tornar o Reino Unido um país livre de carbono até 2050. Até o início do ano, o prazo original era para 2040. Em fevereiro, ele foi reajustado para 2035.
Agora, o Comitê de Mudanças Climáticas está pressionando o governo por uma redução na data limite, pois um novo relatório mostrou que os “transportes de superfície” ainda representam 24% das emissões de carbono no Reino Unido, sendo que a indústria e os edifícios residenciais são responsáveis, respectivamente, por 21% e 18% das emissões. Os dados são em relação ao ano de 2019.
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É válido ressaltar que a proibição não afetará somente a venda de carros convencionais movidos a gasolina e diesel, mas também impedirá a comercialização de todos os veículos híbridos, incluindo vans e motocicletas, assim como outros equipamentos que utilizam combustíveis fósseis. A ideia é permitir apenas os veículos que são alimentados por baterias elétricas e células de hidrogênio.
O Comitê ainda recomendou ao governo que, até a data limite, o setor de veículos pesados diminua a comercialização de veículos movidos a diesel e passe a oferecer soluções movidas a baterias elétricas e células de hidrogênio. Adicionalmente, as montadoras deveriam adotar uma “cota mínima” para a comercialização de carros elétricos. Essa cota seria aumentada até a data limite (2032), chegando a 100%.
Nova data limite vai enfrentar resistência
Embora haja alguns especialistas a favor da nova data limite, como Grant Shapps, Secretário de Transportes britânico, que chegou a dizer que 2032 é uma boa meta para proibir carros não elétricos, o governo deve enfrentar resistência, caso a decisão seja oficializada.
De acordo com Toby Poston, diretor de assuntos corporativos da Associação Britânica de Locação e Leasing de Veículos (BVRLA, na sigla em inglês), a organização não poderia apoiar a redução da data limite, uma vez que não há indícios que ela poderia ser cumprida.
Ter carros 100% elétricos circulando pelas ruas vai muito além do simples comércio desses veículos: há toda uma mudança de infraestrutura para atender aos cidadãos, que inclui a instalação de carregadores em postos e também em novas residências.
Fonte: Tecmundo