Geek

Telescópio com maior câmera digital do mundo vai usar software brasileiro


Um software desenvolvido no Brasil pelo grupo Sprace (Centro de Pesquisa e Análise de São Paulo) em colaboração com ANSP (Rede Acadêmica de São Paulo) e a RNP (Rede Nacional de Ensino e Pesquisa) e que se chama Kytos já está sendo utilizado pelo consórcio AmLight. Esse consórcio é responsável pela transmissão de dados do LSST (Large Synoptic Survey Telescope), um telescópio que será instalado no Chile para fotografar todo o céu visível. O Kytos é uma plataforma de código aberto para orquestração de Redes Definidas por Software (SDN).

A AmLight também está utilizando o Kytos em ambientes de experimentação e o objetivo agora é prepará-lo para atender as demandas do projeto LSST

O software vem sendo testado e validado em várias plataformas no Brasil e no exterior. Ele orquestrou um anel intercontinental que envolveu os links Atlântico e Pacífico da AmLight, sustentando uma banda de 350 Gbps nas transferências dos dados, durante as demonstrações realizadas na conferência internacional SuperComputing, em novembro nos Estados Unidos.

A equipe do Kytos foi convidada para implantar e testar o software na plataforma de testes da ESNet (Energy Sciences Network) durante a demonstração. A ESNet é uma rede de alta velocidade que conecta mais de 40 instituições ligadas ao Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos.

Telescópio LSST

A AmLight também está utilizando o Kytos em ambientes de experimentação e o objetivo agora é prepará-lo para atender as demandas do projeto LSST, que será o telescópio com a maior câmera digital do mundo. O LSST, que deverá entrar em operação em 2022, é um projeto internacional que começou a ser construído em 2014. O local escolhido foi Cerro Pachón, no Chile, no pico de uma montanha de mais de 2.600 metros de altitude.

O objetivo do telescópio será fotografar todo o céu visível, o que implica em grandes desafios nas áreas de transmissão, armazenamento e análise de dados – todas as noites cerca de 20 terabytes de dados serão gerados e precisarão ser transmitidos para diferentes centros de análise ao redor do mundo.

Para transferir grandes quantidades de informação de forma rápida entre os países, a AmLight utilizará uma rede complexa com diversos links de 100 Gbps. O consórcio também terá em sua infraestrutura redes definidas por software para diminuir o custo operacional e suportar serviços complexos e dinâmicos.


Fonte: Tecmundo