São Paulo deu início aos primeiros testes com a vacina contra o novo coronavírus desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. A novidade será aplicada em voluntários que trabalham na área de saúde, na linha de frente do combate à covid-19.
A vacina ChAdOx1 nCoV-19 está incluída no grupo de 141 candidatas à imunização contra o Sars-CoV-2 cadastradas na Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo uma das 13 em fase de testes clínicos no mundo atualmente.
Criada pela instituição britânica em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, ela utiliza princípios semelhantes aos de vacinas contra a Mers, uma síndrome respiratória que tem como causa outro tipo de coronavírus, e contra o ebola. Ela está na fase 3 de desenvolvimento, se destacando como uma das vacinas em estágio mais avançado no momento.
O Brasil é o primeiro país da América Latina a participar da fase de testes da vacina.Fonte: Pexels
No total, 50 mil pessoas deverão receber doses da ChAdOx1 nCoV-19 em todo o planeta, nos próximos meses, incluindo os Estados Unidos, países da Ásia e da África. A expectativa é de que os resultados sejam divulgados até setembro e caso ocorra tudo bem, a disponibilização ao público em geral acontecerá a partir de outubro.
Testes no Brasil
Pelo menos 2 mil pessoas devem receber a vacina em território nacional, durante a etapa de testes. Todas elas são profissionais da área de saúde e voluntários, com idade entre 18 e 55 anos, recrutadas entre os trabalhadores com maior exposição ao coronavírus e que não contraíram a doença.
Em São Paulo, os testes iniciais, financiados pela Fundação Lemann, envolvem 1 mil voluntários. O processo é conduzido pelo Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O Rio de Janeiro também receberá doses da vacina de Oxford, igualmente aplicadas em 1 mil voluntários, com os testes realizados e financiados pela Rede D’Or São Luiz.
Fonte: Tecmundo