Dororo #21 e #22 – Impressões Semanais

Entrando na reta final, Dororo trás dois episódios bem interessantes, construindo um bom clima de tensão em cima da situação do Hyakkimaru, sem deixar de lado trabalhar personagens importantes para o desenrolar da história.

Depois de todo aquele banho de sangue, era esperando que o anime entrassem em um clima de transição, apresentando um pouco mais das mudanças que o Hyakkimaru sofreu, assim como deixando o terreno preparado para os futuros confrontos.

Porém, tenho que admitir que não esperava que fossem ser episódios de transição tão movimentados assim.

O vigésimo talvez seja o que mais vá com calma, tentando dramatizar um pouco mais da obsessão que o Hyakkimaru criou, e mostrar como isso pode ser prejudicial a ele.

O que por sinal, tem como destaque para mim a luta final, já que pontua exatamente esse lado dark que o personagem adquiriu, e trás situações que te fazem ficar atento ao que está acontecendo ali.

Uma derrota até que era plausível, mas eu nunca imaginaria que o Hyakkimaru chegaria ao ponto de decepar o braço dos amigos do Tahomaru.

Isso é legal de acontecer (não a violência em si) ~~tá a violência também~~, porque pune a arrogância do Tahomaru ao querer enfrenter o Hyakkimaru.

O cara passou, literalmente, a vida toda lutando contra demônios, enquanto que o trio, mesmo sendo habilidosos, não tiveram tanta experiência em combate assim.

Ver o Hyakkimaru punindo isso de forma brutal, acaba por deixar claro o quão forte ele é sem se prender ao lado humano, e demonstra parte da sua natureza demônio.

Não se deve deixar o Hyakkimaru pistola.

O vigésimo primeiro episódio, por sua vez, trás desfechos ainda mais densos sobre os personagens.

Eu gostei bastante de ver um pouco mais da mãe do Hyakkimaru em ação, e das atitudes que ela tomou.

Algo me diz que não vai terminar nada bem para ela, mas como a própria personagem bem reforçou, o que vier acontecer são frutos do que ela plantou, então é questão de apenas assistir o desenrolar de tudo.

Acho legal manter essa linha de raciocinio para personagem, já que evita cair naquela condição de vitimismo, ou transformá-la em uma batata que só chora o tempo todo.

Talvez em uma outra situação ela tivesse a oportunidade de ter sido uma boa mãe, mas, infelizmente, não foi esse o caso.

Não tomou muito destaque, mas não tem se mostrado uma personagem rum.

Já o Hyakkimaru, além de ter recebido bons pontos de “cool” por estar montando uma fucking égua flamejante, parece que finalmente vai ter seu confronto final com o Tahomaru.

Eu espero que a luta seja boa, principalmente por que eles fizeram um pacto com os demônios e agora sim pode ter alguma vantagem na luta.

Essa atitude, por sinal, foi outra coisa que me pegou de surpresa(sim, tem spoiler na opening), mas fiquei curioso em saber o que ele sacrificou para conseguir aquilo, ou se os demônios ajudaram por vontade própria.

Além disso, outra coisa que achei fundamental nesses dois episódios, foi a construção dos problemas que o povo do Lorde Daigo está passando.

Isso é bem importante de ser mostrado, porque assim a história cria objetivos e desejos mais humanos para os “vilões”, além da clássica maldade.

É meio nítido que o Hyakkimaru é tido mais como um mal necessário do que propriamente uma crueldade fria.

Deixando evidente como as coisas estão se tornando caóticas na província do Daigo, com os ataques inimigos, pragas e doenças, o anime cria uma base solida para o que está acontecendo.