Depois de uma longa jornada pelos purgatórios da faculdade, retorno bravamente para vocês com as impressões da fadiga jornada do herói do escudo.
E como o esperado, o anime já esta fechando o seu primeiro arco com a apresentação do que acredito ser a primeira antagonista de fato da história e que provavelmente apresentará uma ameaça mais real.
Porque o rei e sua filha apesar de infernizarem a vida do Naofumi, não são realmente adversários diretos do herói.
E falando da realeza, tivemos a apresentação da segunda princesa, a Melty e atendendo as minhas preces, além da rainha, ao que tudo indica, ela é igual a mãe e não possui aparentemente aversão e preconceito ao escudo, salvando o sangue dessa família.
O que é interessante, mas infelizmente ainda não tivemos explicação mais clara para toda esta perseguição ao Naofumi, além do que já foi mencionado dele ser um héroi que era mais gentil com os demi-humanos. E olha que já transcorreram 11 episódios. Seria propicio a começarem a trabalhar isto.
E sobre a rainha, mesmo tendo segundos de tela, mostra que sua real preocupação é os hérois serem bem tratados e conseguirem vencer as ondas, o que de fato é sábio, porque independente de credo e preconceitos, o que esta em jogo ali é o mundo deles.
Mas o que me chama atenção de fato é que parece que ela realmente esta presa em algum assunto delicado em outro reino, que curiosamente pelo aspecto dos guardas é tecnologicamente superior ao país dela. Qual assunto? suponho que uma hora o anime deixa mais claro.
E isto seria bom até para a expansão do próprio universo, já que se temos outros países, vamos ter outros sistemas de governo, outras culturas e sociedades ali. E claramente, mais pessoinhas interessadas em se aproveitar dos hérois.
O que pode acabar dando mais pluralidade e cor ao show, não ficando preso a algo muito centrado a uma região ou cultura apenas, mas pintando um cenário fantasioso mais vasto e rico .
E falando em cultura, também vale notar que ainda não tivemos uma explanação sobre a religião e no que as pessoas daquele reino acreditam, o que sabemos é que há uma igreja controlada por um papa e que seus devotos possivelmente também tem aversão ao escudo.
Valendo observar que uma das freiras trocou maliciosamente a água benta do herói, o que não acredito que seja apenas obtenção de lucro encima da ingenuidade alheia, e aquele sorriso do papa me passa uma sensação ruim, sério, é sorriso de bondade forçada.
Cabendo aqui um pequeno resmungo, estou apreciando consideravelmente bem a narrativa, mas ainda continuam mostrando este menosprezo ao protagonista e aos demi-humanos apenas em momentos pontuais, o que faz que as coisas fiquem muito superficiais e jogadas ao público.
Na novel, acredito que isto é construído de forma bem mais presente e a sensação é que realmente a Raphtalia e o Naofumi são escória da escória e tratados bem apenas por n pessoas da população e não por todos. Porque realmente se nos atentarmos o anime dá impressão que só a princesa, o rei e os fantoches da corte (talvez da igreja também) não gostam e desprezam eles.
Enquanto a postura do Naofumi perante a Melty, achei bastante plausivel, já que ele não teve experiencias realmente agradáveis com o pai e a irmã dela, então não esperava outra reação dele do que declinar qualquer coisa que ela fosse o pedir ou falar. Além do mais, querendo ou não, ela também acabou trazendo mais confusão para ele.
O que achei realmente legal de fato no episódio é que eles suavizaram o tratamento dele a ela, porque na novel e no mangá, ele foi bem mais hostil e agressivo ao descobrir que ela fazia parte da realeza. O que acaba deixando sua reação mais natural e racional do que simplesmente sair cuspindo ácido encima da garota.
E confesso que em alguns momentos eu gosto que o personagem abre o verbo, mas neste em especifico, na minha opinião, ele ter uma ação mais contida do que extremamente hostil é mais palpável.
E falando em abrir o verbo, gostei da maturidade do protagonista de colocar seus ressentimentos de lado e tentar abrir o olho dos hérois para o fato de que novamente aquilo não era um jogo e que precisavam trabalhar juntos ou não expulsariam a onda.
Mas novamente cai naquele problema da narrativa querer fazer que o protagonista se sobressaia sobre os outros hérois e seja o único ser pensante ali, deixando a coisa bem preto e branco, isto não me agrada. Queria pelo menos em algum momento uma atitude mais madura e racional dos outros hérois também.
Agora em relação a ação, como esperado, a staff continua bem fria. O anime é visualmente bem acabado e possui certa fluidez, mas não possui coreografias. A ação é muito ceca e parada. E este é o problema de aventuras com magias, a maioria do tempo o personagem acaba muito parado.
Não porque não se possa atribuir movimento a um combate utilizando pirotecnia, mas porque realmente a maioria desses animes acaba não tendo animadores que façam um storyline mais dinâmico, ai realmente a ação se dá quase em um ponto só.
Então, me sinto meio decepcionada porque esperava que contratassem pelo menos alguns animadores mais experientes e talentosos para desenharem a ação do climax, mas pelo visto estava sonhando demais. Só espero que o embate de semana que vem tenha um pouco mais de cortes interessantes, já que é o desfecho da primeira parte dessa temporada.
Nota do autor: 3.4/5
#Extras
Fonte: IntoxiAnime